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O  MFBTY  recentemente lançou seu primeiro álbum,  Wondaland , e o site  Asian Junkie  teve a oportunidade de conversar com  Tiger JK, Yoo...

[ENTREVISTA] MFBTY para o site Asian Junkie

09:43 Rachira 0 Comments

MFBTY recentemente lançou seu primeiro álbum, Wondaland, e o site Asian Junkie teve a oportunidade de conversar com Tiger JK, Yoonmirae e Bizzy, sobre vários assuntos, falando do álbum, sobre estar na "lista negra" da indústria musical, sobre aprender a lidar com o Twitter, seus pensamentos sobre reality shows de hip-hop, aparições em programas de variedades, e até sobre ser "ghostwriter"* para artistas idols.

*Ghostwriter (escritor/letrista fantasma) é alguém que compõe ou escreve músicas -ou qualquer texto- que é oficialmente creditado a outra pessoa.

Confira a divertida, e reveladora, entrevista abaixo:

Asian Junkie: Olá, MFBTY! Aqui nós já somos bastante familiarizados com vocês, mas pra quem está ouvindo sobre vocês pela primeira vez, poderiam por favor se apresentar?

Tiger JK: Olá, gente boa! Me chamo Drunken Tiger, meus fãs me chamam de Tiger, e minha mãe de JK.

Bizzy: Oi, meu nome é Bizzy e sou da Nova Zelândia. Me mudei pra Coreia porque meu pai precisava de mim pra trabalhar com ele. Eu costumava trabalhar como DJ aqui e alí, eu e Yang DongGeun tínhamos tipo um grupo. Éramos grandes fãs de Drunken Tiger e íamos pros lugares onde eles costumavam ir. Achamos eles numa roda de rappers em uma sessão de freestyle. Eu e YDG entrávamos na roda de vez em quando e naturalmente nos tornamos uma família. Também já trabalhei como ghostwriter para muitos rappers idols, mas não tenho permissão para dizer os nomes deles.

Tiger JK: avançando o assunto pro presente - temos passado por várias dificuldades, tipo ter que lidar com gente ruim, perder tudo o que construímos... vocês sabem... essas histórias clichês que acontecem com rappers. De chegar lá, e ser apunhalado pelas costas, ser traído, perder pessoas queridas, e ter que lidar com problemas de saúde. Qualquer coisa que você citar, nós já passamos por isso.

Começamos a ser rejeitados por programas de TV quando o K-pop começou a dominar também. A maioria dos programas eram relacionados ao K-Pop. Tentávamos agendar alguma coisa, mas nos diziam "Desculpe, esse é um programa de K-pop e esse pessoal não quer vocês aqui". Pra encurtar a história, passamos por um período ruim em nossas carreiras, estávamos cansados, e desmotivados.

Eu comecei a tuitar um dia e me prendi a conversar com fãs aleatórios de outros grupos e artistas. Achei que o Twitter fosse uma "sala de conversa". Eu sou bem noob quanto a isso (Twitter) e comecei a receber várias reclamações. As pessoas me mandavam coisas do tipo, "Pelo amor de deus, cala a boca... você tá fu***do a minha timeline", e coisas do tipo.

De qualquer forma, pra tornar a história ainda mais longa, o MFBTY foi criado por aqueles que conversavam comigo e se divertiam falando de tudo. Isso nos motivou a fazer um single e então nosso álbum completo, Wondaland. Fazer isso tem me possibilitado respirar outros ares. Fazer essas músicas tem sido terapêutico e divertido.

AJ: Há poucas semanas vocês lançaram seu primeiro álbum completo, Wondaland. Para as pessoas que ainda não tiveram a chance de escutá-lo, vocês poderiam falar um pouquinho sobre a experiência sonora do álbum em geral? Porque é uma bela viagem...

Bizzy: Obrigado! Acho que a palavra que eu usaria pra descrever Wondaland, seria "eclético". É engraçado que você tenha dito "viagem", porque é exatamente assim que eu me sinto quanto à música. É como estar em uma montanha russa musical. Tem um pouco de tudo, Dance, Hip-hop, R&B, e até Disco. Acho que o álbum flui muito bem.

Tiger JK: É um álbum pop que eu consigo desfrutar. É algo que eu posso dançar, escutar enquanto faço café da manhã, e algo que eu posso escutar pra dormir também. Porém, o álbum é algo o qual eu não deveria ter arrastado esses dois artistas talentosos pra fazer. O que foi que eu fiz?

AJ:  Qual o significado por trás do nome Wondaland?

Tiger JK: Queríamos criar música que nos deixasse felizes e não que nos pressionasse a fazer o que achássemos que iria vender, ou fazer o que as pessoas acham que deveríamos fazer. Gosto de pensar que muitas coisas estranhas, e ainda assim bonitas, acontecem em Wondaland.

Bizzy: Paz, amor, e diversão. Um lugar onde todos desejam nada além de coisas boas aos outros. Um lugar onde ódio e guerra são aceitos no sentido de que, contanto que você entre na dança, nenhum dano será causado.

AJ: Em que momento o álbum começou a tomar forma? Vocês já tinham as faixas promocionais definidas antes de completar o álbum, ou vocês decidiram mais tarde durante o processo?

Bizzy: Definitivamente depois. Pra nós, gravar as músicas é sempre a parte mais fácil. Tudo sempre acontece de forma orgânica. Podemos estar escutando ou fazendo uma batida, e um de nós vai se inspirar e começar a escrever, e então o resto vai se alimentar disso. Eventualmente, acabamos fazendo 30 músicas, e isso só do que gravamos recentemente.

Tiger JK: A gente se perde no estúdio. Trabalhamos como se fossemos 3 músicos de jazz fazendo música e improvisando a partir dos solos de cada um. Não haviam regras. Apenas chegamos e fizemos freestyles pra maioria do material.

A pós-produção é sempre um inferno pra mim. Rearranjar e mixar as coisas pra que soem bem. Ter certeza de que todos os instrumentos ou vocais apareçam da maneira correta e no momento exato, e também se livrar de algumas parte ótimas para deixar a música mais em forma ou fazê-la fluir mais suavemente. Quando gravamos, também temos os dançarinos e diretores de videoclipe na volta. Eles dão suas opiniões e perspectivas também. A gente festeja quando as coisas acontecem rápido como mágica, e outras vezes discutimos como crianças. Falando de maneira fácil... fazer um álbum é como pintar um enorme mural, ou jogar Jenga.

Na hora de escolher os singles é quando as coisas ficam  complicadas. Caras de terno, das companhias de distribuição, vêm ao nosso estúdio e todas elas querem ouvir algo que seja um futuro sucesso das rádios. Desta vez, todos eles foram extremamente contra Bang Diggy Bang Bang. Mas nós já tínhamos gravado o videoclipe. Esse pessoal de terno começou a balançar a cabeça e apontar pra mim.

AJ: Wondaland conta com a colaboração de uma longa lista de artistas de áreas diferentes do cenário musical coreano atual. O que esses artistas tinham individualmente que fez vocês decidirem colocá-los no álbum?

Tiger JK: Tudo aconteceu naturalmente, exceto com Let It Go. Pra essa música, alguém era amigo do pessoal da equipe de relações públicas da Cube Entertainment, e acho que mostraram a música pra eles. E uma coisa levou à outra, então recebi uma mensagem de Yong JunHyung do BEAST. Eu fiquei tipo, "Sério mesmo? Legal! Todo mundo é bem-vindo em 'Wondaland'. Faça o que você quiser com a música". Ele ficou um pouco estressado questionando quais direções tomar com a música. Ele me mandou sua primeira versão, nós escutamos, e gostamos. Ele não acreditou que nós havíamos gostado. Ele não nos enviou o verso dele até pouco antes do prazo. Mais tarde conversamos e ele adorou que nós gostamos. A Tasha, em especial, adora essa música.

O resto dos convidados do álbum são parte da família. Todos eles vieram pro nosso estúdio, próximo de onde moramos. Não moramos em Seul. Vivemos bem longe dos holofotes. Mas todo mundo veio ao nosso bairro e entrou no clima. Eles respiraram o mesmo ar que a gente, e assim se inspiraram. Eles entraram na vibe da música, deram suas opiniões, e trataram nosso projeto como se fosse deles.

AJ: Que outros artistas vocês gostariam de colaborar futuramente se tiverem a oportunidade?

Tiger JK: Já colaborei com o Deus do Rap, Rakim. Depois dessa, eu posso me aposentar feliz. Também já colaborei com Rakaa, do Dilated Peoples!llmindCHOPS do Mountain BrothersBambu, Dumbfoundead, Styliztik Jones do Likwit Crew. Mas acho que todas essas colaborações foram postas pra dormir [esquecidas]. Ou talvez as pessoas é quem não se importaram. A culpa é minha. Os tempos mudaram. Desculpem minhas divagações, eu costumo desfocar do assunto em quase toda a entrevista. A Tasha odeia isso.

Adoraria que Missy Elliott, Lauryn Hill, ou Timbaland gravassem algo com a Tasha. Mesmo que as chances de que isso aconteça sejam pequenas, eu acho que a Tasha merece uma chance de ser apresentada ao mundo. Ela tem sido seriamente silenciada pelos maiorais da indústria, mesmo que eu saiba que não parece ser assim.

O pessoal do Far East Movement são meus bons amigos. Sinto que podemos fazer algo bem legal com eles e o MFBTY. Há tantas pessoas que eu gostaria de trabalhar junto. Erykah Badu, Slick Rick... Sinto que Redman e Method Man seriam ótimas colaborações para o MFBTY. Seria maravilhoso trabalhar com Chance The Rapper Flume também. Conversei com Jinu (Jinusean) um tempo atrás sobre talvez gravarmos algo junto. Acho que seria divertido. Amo a Park Bom do 2NE1, ela sempre foi muito gentil. Quero fazer algo com o SNSD também, se algum dia eu tiver a chance, já tenho até uma música que é super cativante. AOMG e Illionaire são como família, então uma colaboração com eles vai com certeza acontecer quando a hora certa chegar.

Bizzy: Eu quero gravar algo com Rap Monster e Beenzino. E todo o meu pessoal da Nova Zelândia também. Já havia mencionado que gostaria de trabalhar com Bobby Park Bom também. Talvez quando meu álbum estiver pra ser lançado eu consiga fazer isso acontecer. E Slick Rick seria um sonho!

AJ: [Para Tiger JK e Yoonmirae] Seu filho, Jordan, contribuiu para o álbum na faixa Fart Dance (방귀 Dance). O quão especial é pra vocês ele ter a música como parte de seu desenvolvimento?

Yoonmirae: Você já tentou imaginar um mundo sem música? Eu já, e simplesmente seria impossível pra mim viver nele. Dito isso, eu não planejo empurrar meu filho em direção à carreira musical. A politicagem envolvida nessa indústria torna esse ambiente muito frio e duro. No entanto, se um dia ele decidir que música é o que ele quer fazer, eu não irei impedi-lo também. Só gostaria que JK fosse seu manager, e eu, talvez, o seguiria sendo sua estilista, ou algo assim.

AJ: Nós dificilmente vemos vocês em programas de variedades. É por questão de comodidade, ou vocês não querem aparecer neles?

Yoonmirae: Um pouco de cada.  Apesar da nossa atitude em palco, todos nós somos extremamente tímidos na frente das câmeras. Também estamos acostumados a fazer shows que não tenhamos que ser censurados, então é realmente difícil responder com total sinceridade, esqueça ser engraçado quando você tem que parar e pensar sobre o que você pode dizer ou fazer na TV. A maioria desses programas demora muito pra gravar também, o que normalmente não era um problema pra mim, mas com meu filho agora indo pra escola, é difícil ficar longe dele por tanto tempo.

Tiger JK: Eu fui colocado na lista negra muitas vezes. Assim como a Tasha, eu sou muito introvertido, e fico constantemente me censurando mentalmente. Não faço muito a linha de rappers que agem ou falam de certa maneira só pra serem provocantes. Mas cada um na sua. Nos meus tempos de adolescente eu passei por essa fase, então não posso julgar ninguém por isso. Naquela época, a percepção sobre o hip-hop e o preconceito contra o Drunken Tiger eram muito negativos. E na maioria das vezes, as aparições na TV me levavam a fazer coisas super estereotipadas que eu odiava. E isso era mostrado. No fim do dia, após 6 longas horas de gravação, eram essas pequenas partes que iam ao ar. Mas a ironia é que, com o MFBTY, eu estou pronto e disposto a aparecer na TV e agir de maneira boba. Adoro fazer as pessoas rirem. Mas somos considerados rebeldes na indústria. Eles ficam incertos do que poderíamos fazer. Eu digo a eles que agora somos seguros e bem comportados.

AJ: O hip-hop coreano tem enfrentado um aumento em sua popularidade nos últimos anos através das redes sociais e programas como o Show Me The Money, e, mais recentemente, o Unpretty Rapstar. As maiores companhias de entretenimento também começaram a ter seus próprios rappers e trainees. Da sua perspectiva, quais efeitos -se houverem- dessa mudança no mainstream, você percebeu que afetou o cenário underground?

Tiger JK: A maioria das pessoas que eu conheço, que participam desses programas, fazem isso para ganhar exposição, assim eles conseguem fazer dinheiro. Isso é um negócio pros meus parças, então eu os respeito. E também é legal ver que há mais meios para artistas de hip-hop se expressarem e tentarem ganhar a vida disso. No entanto, no momento, eu acho que a representação deles do hip-hop é mais negativa do que positiva. É frustrante ter que explicar a toda hora que hip-hop não é só obscenidades ou se vestir de uma certa forma. Eu duvido que os produtores desses programas se importam com a cultura. Eu acho que eles só estão preocupados com o ibope. Eles estão usando a alma desses jovens lindos e bonitos somente como ferramentas para manipular as massas e estimular intriga entre os artistas, promovendo sensacionalismo e violência verbal gratuita.

Mas isso é só minha opinião pessoal. Não estou dizendo que estou certo. E desejo a todos tudo de melhor e sucesso!

AJ: Sendo as rappers femininas um assunto quente hoje em dia na Coreia, tem alguma que você esteja de olho pra chamar para a sua agência?

Yoonmirae: Se você sabe cantar, ou tem um bom flow, e tem paixão pela música, nossas portas estão sempre abertas, independente se for homem ou mulher.

Tiger JK: Já tem algumas pessoas com quem estamos criando pontes. Espero que a Tasha e o Bizzy recebam suas propostas e então eu poderei me aposentar em breve.

AJ: Tendo trabalhado juntos por tantos anos, como a música feita sob o MFBTY influenciou em seus trabalhos solo?

Bizzy: Acredito que isso tenha me ajudado a crescer como artista e me ajudado na produção e composição. Espero que isso ajude a dar mais luz à minha própria música também. Nossos álbuns solo irão obviamente refletir quem somos individualmente, mas acho que todos teremos um pouquinho da vibe do MFBTY em nossos trabalhos.

AJ: Muitos dos grandes artistas se reinventam e descobrem novas maneiras de se expressarem com o tempo. É isso o que o MFBTY se tornou pra vocês individualmente como artistas, ou como você descreveria o MFBTY em suas carreiras musicais?

Tiger JK: Fizemos um álbum que amamos. Adoramos escutá-lo enquanto damos uma volta pela cidade. Mas, comercialmente, eu falhei com meu grupo, porque o álbum não está nas paradas musicais. Eu me sinto terrivelmente mal pela Tasha e pelo Bizzy, e claro, por meus fãs que têm me dado um enorme apoio. Mas isso me lembra um pouco do passado também. Quando eu estreei no Drunken Tiger, 98% da indústria me disse que colocariam fogo nas mãos se um dia eu chegasse lá. Mas depois a maioria deles bateu palmas pra mim quando eu consegui. Basicamente, pra responder sua pergunta, estou bastante desencorajado mas inspirado ao mesmo tempo. É bom pra mim.

AJ: Tiger JK, Yoonmirae, e Bizzy, quando podemos esperar um novo álbum solo?

Bizzy: Esperamos que muito, muito, muito em breve.

AJ: Têm algumas palavras para os leitores do Asian Junkie antes de concluirmos a entrevista?

Tiger JK: Obrigada por lerem isso tudo sem desistirem. Ao longo da minha vida, muitas pessoas desistiram de mim. A Tasha foi muito gentil por ter me escutado durante toda essa jornada, mas acabei descobrindo que ela estava usando fones de ouvido e escutando aquele velho álbum do Pharcyde. Amo todos vocês por me deixarem desabafar um pouco. Espero que todos possamos nos tornar amigos. E quando tiverem a chance, por favor, escutem nosso álbum Wondaland, e se gostarem, recomendem aos seus amigos. Paz e amor!

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Você pode adquirir o álbum através do iTunes | Ktown4u (online) | SIG FAM Store (São Paulo).

Fonte: Asian Junkie
Tradução: DT Brasil
Por favor, não retirar do Drunken Tiger Brasil sem os devidos créditos. 

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