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Entrevista feita por Beverly Bryan para o site Noisey , publicada em 25/06/2015 Tiger JK, Yoonmirae, e Bizzy , são a realeza do hip-ho...

[ENTREVISTA] NOISEY: Supergrupo coreano de hip-hop, MFBTY, dedica álbum aos seus fãs do Twitter

17:24 Rachira 0 Comments

Entrevista feita por Beverly Bryan para o site Noisey, publicada em 25/06/2015

Tiger JK, Yoonmirae, e Bizzy, são a realeza do hip-hop coreano, o que é uma grande conquista em um país onde o hip-hop ainda não é tão popular. Individualmente e como parte do grupo Drunken Tiger, eles têm dominado programas de premiações enquanto mantêm o respeito na cena underground desde o final dos anos 90.

Tiger JK e Yoonmirae são casados, e Bizzy é amigo próximo, de longa data, de ambos. Nos últimos anos eles têm se distanciado um pouco do nome Drunken Tiger, e em 2013, lançaram a canção Sweet Dream sob o nome de MFBTY -que significa My Fans Better Than Yours-. Recentemente, eles lançaram Wondaland, seu primeiro álbum completo sob o nome de MFBTY. O grupo mistura hip-hop dos anos 90, R&B, e música Eletrônica, de uma maneira que recorda os momentos mais promissores do hip-hop nos anos 90, particularmente lembra bastante Missy Elliot e Timbaland, especialmente na cena do clipe de Sweet Dream, onde os três dirigem um Hummer em alta velocidade. O filho de 7 anos de Tiger JK e Yoonmirae fez uma das batidas do álbum. A única coisa previsível nisso, foi a colaboração de artistas já consolidados no rap coreano, como Dok2.

Embora, sonoramente, Wondaland seja uma explosão irresistível de cores, o grupo diz que o álbum foi feito em um momento muito difícil para eles. As coisas chegaram ao extremo com Tiger JK e seus sócios da Jungle Entertainment, gravadora a qual ele fundou, e seu pai faleceu após batalhar contra um câncer. (Desde que saiu da Jungle, Tiger JK deu início à gravadora Feel Ghood Music). Mas foram seus fãs, particularmente os fãs estrangeiros através do Twitter, que os tiraram desse momento ruim e os inspiraram a continuar fazendo música como MFBTY. A mídia sul-coreana e a indústria musical não entenderam por que artistas tão conhecidos lançariam um álbum completo sob uma abreviação de baixo perfil, e por que Wondaland não foi bem nas paradas musicais como o grupo esperava. Mas, como Tiger JK disse ao Noisey, eles o fizeram para seus seguidores do Twitter, que não se importam com as críticas. Foram eles [os fãs] que inventaram o nome, de qualquer maneira.

Então... o nome MFBTY surgiu dessa comunidade que você criou no Twitter formada por fandoms de K-Pop?
Tiger JK: Quando eu comecei a tuitar, as primeiras pessoas que falaram comigo eram do Brasil. Então imagine.. não achávamos nem que estivéssemos bombando na Coreia, e alguém do Brasil falou com a gente! E eu fiquei tipo, "Ei, como vocês me conhecem?". Daí comecei a bater papo com eles, e eles eram de diferentes fandoms. E se tornou meio que uma "brincadeira interna" entre eles, porque eu era tipo a "ONU" pra esses fãs de grupos diferentes. A brincadeira interna era "meus fãs são melhores que os seus", então os fãs criaram o nome. Um dia, isso tudo foi se transformando em uma bola de neve gigante, e as pessoas já estavam grafitando "MFBTY" em Londres, Espanha, Itália, e nos tornamos algo como um culto.

Então, como o MFBTY começou  na real?
Tiger JK: Um dia, por diversão, fizemos uma música chamada Sweet Dream, e fizemos um clipe, e chamamos de MFBTY. Achamos que seria algo que faríamos apenas uma vez. E agora, do nada, quando você procura por MFBTY, encontra MFBTY China, Africa, Indonésia... é muito louco, mas é ótimo. E essas pessoas -tem crianças, jovens, mas também tem gente formada, escritores, jornalistas, alguns até médicos- e é meio piegas, mas realmente nos tornamos uma família.


E o Drunken Tiger, ainda existe?
Tiger JK: Sim, o Drunken Tiger ainda tá aí. O Wu-Tang Clan causou muito impacto em mim - mesmo que estereotipado, eles fizeram os asiáticos parecerem maneiros. Antes disso, asiáticos não eram levados a sério. Daí apareceu o Wu-Tang Clan, e eu era fanático por eles, e isso realmente inspirou o Drunken Tiger. A razão por eu estar afastado do nome Drunken Tiger, é porque meu filho não gosta do termo "Drunken" ["embriagado/bêbado", em tradução livre], então, por essa razão, tenho usado Tiger JK.

Como esse álbum foi desenvolvido? Pra mim, parece que vocês se deram a liberdade de experimentar de tudo.
Tiger JK: Foi uma época louca. Estávamos em uma fase obscura em nossas vidas, e a única coisa que sabíamos fazer era entrar na cabine e gravar. Eu quis construir uma pequena cafeteria com livros. Tasha [Yoomirae] estava pensando em se lançar como designer de jóias. (Risos) Não sabíamos o que fazer. Bizzy estava pra começar sua carreira no boxe. Entende o que eu digo? Clichê, né? Quando você chega ao fundo do poço não há nada a fazer, e tudo o que você tem são dois punhos. Bizzy estava praticando boxe pra valer.

Agora, a parte sentimental/brega, mas também a parte mais bonita. Esses fãs, sabe, a família MFBTY, toda essa gente que eu conheci no Twitter, eles começaram a nos escrever. Eles começaram a nos enviar remédios que poderiam ajudar meu pai. Isso me acordou pra vida, e eu quis fazer uma música que pudesse deixá-los felizes. E começamos a experimentar, entende? Vamos lançar nossos projetos, vamos usar Autotune nas vozes, vamos começar a cantar. E começamos a fazer coisas loucas. Vamos brincar com a música eletrônica. Mas uma coisa levou à outra e acabamos gravando um álbum completo. Todos achavam que éramos loucos, porque a menos que você seja de uma grande gravadora, lançar um álbum completo não é lucrativo. Mas tivemos que fazer isso pelos fãs.

Vocês receberam, pelo menos, uma boa resposta de seus verdadeiros fãs?
Tiger JK: Sinceramente, os fãs amaram. Nós amamos. Nós de fato realmente gostamos do nosso álbum. (Risos) Mas Seul é uma indústria corrida. Se você não entra nas paradas musicais logo depois de uma semana, não importa, seu trabalho vai direto pro lixo. Mas não desistimos. Tipo, tudo bem então, vocês não quiseram nos agendar em programas de TV, não quiseram nos entrevistar, então vamos começar a fazer shows. E isso meio que ressuscitou nossa carreira musical. Agora o álbum está aos poucos voltando às paradas musicais. Agora as pessoas pedem pra nos chamarem por aqui, e estão nos levando a sério. Mas cara, ainda é muito difícil. A menos que você seja de uma gravadora grande, você não consegue fazer muita coisa.


Tem algo que eu queria te perguntar. Você disse em uma entrevista ao Eat Your Kimchi que muitas músicas de artistas coreanos de hip-hop são banidas. O que você quis dizer com isso?
Tiger JK: É que nem nos Estados Unidos, onde tem a FCC (Comissão Federal de Comunicação, em tradução livre), saca? Cada rede tem seus próprios padrões. Não se pode falar palavrão/xingar, óbvio. Mas já que começamos como hip-hop, acham que estamos tentando esconder alguma coisa. Leem nossas letras a fundo. Por exemplo, nosso clipe de Bang Diggy Bang Bang está classificado para maiores de 15 anos. É como nos filmes, você não tem permissão para assistí-los a não ser que tenha de 15 anos pra cima, ou eles não irão passar seu vídeo em um certo horário. Na parte da noite, recebemos amor no período da noite. Mas o que estou dizendo é que foi só porque umas das dançarinas balançava o bumbum.

Yoonmirae: Bem, uma das dançarinas fazia um dança onde ela se inclinava e dava pra um pouco do shorts dela. Não era a calcinha, era o shorts que ela usava por debaixo da saia.

Tiger JK: E não tem nada se sensual. Essas dançarinas, elas já ganharam várias competições, e eram puramente movimentos de break dance. Como você sabe, outros grupos femininos poderiam cantar a mesma música usando roupa íntima, mas os vídeos seriam classificados como para maiores de 11 anos. Então tem muita coisa envolvida, muita politicagem que temos que lidar.

Yoonmirae: Muitos artistas de hip-hop na Coreia ainda têm uma má representação. Tem ficado cada vez maior, e muitas pessoas aceitam o hip-hop, mas quanto mais a cultura se espalha, muitas pessoas ainda acham que se você é um artista de hip-hop, automaticamente você não é coisa boa. Existe um estigma preso a isso. Então, infelizmente, isso também pesa na indústria musical.



Então, pra vocês, sobre o que a faixa Rebel Music fala sobre?
Tiger JK: Essa música foi gravada durante o incidente com Trayvon Martin (clique no nome para entender), e quisemos falar sobre isso. Senti que muitos dos tão chamados rappers ou artistas se calaram sobre o assunto, e eu não entendia isso. Não precisa ser político, ou um revolucionário, ou começar um movimento, mas achamos que era realmente estranho. Achei que deveríamos falar sobre isso.

Fonte: Noisey
Por favor, não retirar do Drunken Tiger Brasil sem os devidos créditos.

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